quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agora Já Era! ...Agora é Site!

Pessoal que segue as minhas poesias estreou em 29/11/2011 o site Umberto! Agora Já Era.
Mesmas poesias, novo formato, conteúdos exclusivos. É site gêmeo de úteros inspiratórios diferentes.
Confiram! http://www.wix.com/umbertom1/umberto-agora-ja#!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LETARGIA DA MODERNIDADE



Eu bebo do líquido da modernidade
assim como uma cachaça doce-amarga
Viciante em seu cheiro de verdade
Ácida, densa, fervil esta lava

Incandescente e impalpável
Plena de simulações controversas
Cria um mundo grosso e palatável
Onde o prazer brilha em suas festas

Tudo é muito, tudo é mais
No intuito de ser insuficiente
Olho o outro e não sei mais
Quem está em minha frente

Sou mosca na teia da loucura
Esperando a picada mais forte
Clicando sobre a lâmina escura
Comprando até a dor do corte

Estou wirelles no meio da avenida
Em sessões de infodiálise
O silêncio é a armadilha mais temida
Corpos sem chips, corpos sem classe

Detesto fios, detesto a massa
Detesto a informação desacelerada
Detesto minha memória fraca
Sou público para pizza quadrada

Sou indivíduo, e assino em teclas
Sou público, apresento-me em dígito
Para que ter crédito como meta
Se me endivido feliz e me escravizo

Na finura das telas, no toque como carinho
A mágica é verdadeira e causa arrepio

Não posso ficar fora do vício
Como pária sem código de barra
Por isso prefiro correr o risco
de ter minha consciência alterada
Embriago-me, impregno-me
Contemplar para que? o que significa isso?
Se posso satisfazer rapidamente
As frustrações de minha mente
Fibra ótica demente, sou o que compro e o que visto
Sem retórica e sem ofício
consumo logo existo
E vivo ébrio de amores falsos
Desfrutando de seus impalpáveis benefícios.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

TÔ TRANQUILO

Tô tranquilo

tranquilo

/com aquilo que me tranca
/com aquilo que me tranca
tranquilo
o quilo ou a grama
tranquilo filigrana
o fio fina anca
o tranco e a tranca
o tronco e a grama
tô tranquilo
tranquilo
tranquilo
tranquilo

Tranquilo com o esquilo
Grama meu estilo
Grana meu pupilo
Gana meu gemido
Ana e Astrogildo
Tranquilo

Tô como o Cê
Pra você eu não estou
Para você vossa mercê
Tranquilo como sou

Tô tranquilo

tranquilo

tranquilo

traquilotô

domingo, 6 de novembro de 2011

CANSEI II



Prefiro ser bárbaro
e invadir as noites santas
estuprar madrugadas insólitas
viver demasiadamente mítico


Olhar o lixo terminal
das bases sufocantes 
álcool nas amuradas 
agulhas secas e inervantes


Vi inglesinhas pedindo carona
Vi prestidigitadores em pânico
Colaborei com vapores invisíveis


Policiais exibindo o patético
Palhaços esmolando risadas
Putas afiando a língua
Barbies cassetes e digitais


E agora...
Danço até arrebentar os tendões
ou desmaio até que sol adoeça-me
/ de esperança?


"Music and passion were always the fashion
At the Copa...they fell in love"