Um táxi leva pessoas em trânsito
Um táxi leva pessoas em órbita
Um táxi leva pessoas em transe
Um táxi leva pessoas em transa
Um táxi no micro tempo espaço
Um táxi no multi estilhaço
Um táxi no útero da ansiedade
No princípio trágico da velocidade
O taxímetro é o pulso em forma cifra
A tensa tara invertida
Do chegar antes mesmo da partida.
- Hey,Táxi!
"TEMPESTADES QUE NÃO PARAM. PARA-RAIOS QUEM NÃO TEM? MESMO QUE NÃO VENHA O TREM NÃO POSSO PARAR".
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
Hipster Song
Eu tenho uma vontade de compor pós-punk
Eu tenho iniquidade guardada
Eu tenho uma alma errante e junkie
Eu tenho uma vitrola viciada
Eu ouço meu vinis de vez enquanto
Eu vou num show no Circo Voador
Eu acho que Caetano já baixou o pano
Mas Odara ainda me dá algum calor
Minha vontade não compensa
O crime de fazer tanto barulho
Lembro assim da minha adolescência
Um talento de esquecer o futuro
Não posso fumar
Não posso sentir
algo que me de mais prazer
Mas posso comprar
Algum meio retrô
Deixar meu estilo valer
Não sou triste
Não sou alegre
Eu sou barbudo assim mesmo
Eu tenho uma violência que fere
Cores e cenas à esmo.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
sábado, 12 de maio de 2012
A CULPA É DO MILAGRE
Não tropeço mais na rua
Nem meço minha vida na tua
Nem tomo mais medidas
Premeditadas e a absolutas
Contrasépticas aspirinas
Alegorias milimétricas
Elétricas línguas serpentinas
Acidez na água férvica
Se a madrugada me leva ao teu perfil
Nas frias redes sociais
É o milagre da distancia sutil
Entre as esquinas intercontinentais
Cabeça explode fogos de artifício
Se o vício me desse um pouco mais
Teclar horas sem nenhum sacrifício
Em fibras óticas existenciais
Antes que a água vire sangue
E vinho se torne vinagre
Vem diálogos curtos...curtinhos
E a culpa é do milagre.
Juntinhos somos culpa do milagre.
Nem meço minha vida na tua
Nem tomo mais medidas
Premeditadas e a absolutas
Contrasépticas aspirinas
Alegorias milimétricas
Elétricas línguas serpentinas
Acidez na água férvica
Se a madrugada me leva ao teu perfil
Nas frias redes sociais
É o milagre da distancia sutil
Entre as esquinas intercontinentais
Cabeça explode fogos de artifício
Se o vício me desse um pouco mais
Teclar horas sem nenhum sacrifício
Em fibras óticas existenciais
Antes que a água vire sangue
E vinho se torne vinagre
Vem diálogos curtos...curtinhos
E a culpa é do milagre.
Juntinhos somos culpa do milagre.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
BEIJO NO METRÔ (Post Bossa Underground)
Dei um beijo na sua mão
Na plataforma do metrô
Foi aí que começou
A nossa estória de amor
Eu tentei evitar, olhar adiante.
Mas que desconcertante aconteceu
Na noite em que lua brilhava mais forte
Na razão um corte, meu peito tremeu.
E aí que senti o perfume
Na mão que pude acariciar
Mas tempo foi traiçoeiro
E a sua boca não pude beijar
E depois você foi embora
Por Deus eu não poderia explicar
Se você não tivesse ao meu lado
Hoje não saberia como respirar
Na
plataforma fiquei congelado
Entre a
Zona Norte e a Zona Sul
E hoje
estou mais do que grato
O beijo,
a lua, nosso céu azul.
sábado, 7 de abril de 2012
REDE WI FI
Meu lado crônica é meu lado crânio
Meu lado cracker é meu lado hacker
Meu lado globo é biscoito cream craker
Seu lado fálico é seu lado básico
Seu lado tímido é seu lado ínfimo
Seu lado arguto é seu lado escorbuto
Eu sou o moço que comeu o poço
Eu sou o osso mofo do calabouço
Eu sou o som insosso que ouço
Nunca mais li o soneto de Pessoa
Levei um tiro no jogo em primeira pessoa
Nossa pessoa inerte à beira da proa
Seu moço tu é mesmo tosco
Seu moço me deu um troço
Me deu um troço fiquei sem troco
As redes sociais inventam outro você
As redes sociais inventaram outro você
As redes sociais inventarão outro você
Aqui tem rede wi fi?
Ai...ai...gatinha caiu na rede wi fi
Viu? Ai! Roubei a rede wi fi!
Meu lado cracker é meu lado hacker
Meu lado globo é biscoito cream craker
Seu lado fálico é seu lado básico
Seu lado tímido é seu lado ínfimo
Seu lado arguto é seu lado escorbuto
Eu sou o moço que comeu o poço
Eu sou o osso mofo do calabouço
Eu sou o som insosso que ouço
Nunca mais li o soneto de Pessoa
Levei um tiro no jogo em primeira pessoa
Nossa pessoa inerte à beira da proa
Seu moço tu é mesmo tosco
Seu moço me deu um troço
Me deu um troço fiquei sem troco
As redes sociais inventam outro você
As redes sociais inventaram outro você
As redes sociais inventarão outro você
Aqui tem rede wi fi?
Ai...ai...gatinha caiu na rede wi fi
Viu? Ai! Roubei a rede wi fi!
terça-feira, 3 de abril de 2012
O minuto monolítico
Um quase dia não é um dia - mas um ensaio
Um quase sonho não é um sonho - mas insônia
Um quase morto não é um morto - mas desmaio
Um quase inteiro não é um inteiro - mas meia soma
Eu tenho apenas um minuto para dizer que existo
Raramente faz-se dizeres relevantes minutais
Outros mais sequer tem o alvo visto
Além do mais - acho pouco tempo demais
/para arrancar um cisco
Um dedo em riste, um gesto que persiste
Não é um beijo, nem estouro de dinamite
Apenas o minuto átimo
Tiquetaqueando ao volume máximo
Pra dizer que alguém existe
quarta-feira, 28 de março de 2012
Retiro
Eu me retiro
para um começo de oração
para uma frágil reflexão
ágil gás do fogão que me distrai
Eu me retiro
para o último andar suburbano
para os débitos que acumulam na gaveta
para a preta fagulha na avenida
Eu me retiro
para o eco do banheiro
para o meio das canções incidentais
inférteis no ralo de alumínio
Eu me retiro
para o arroz com feijão
para o pão e para o escândalo
do Brasil dos telejornais
Eu me retiro
para o lar da Mário Carpenter
para o beijo de boa noite
para o calor açoite que nenhuma brisa noturna/
daria conta.
Se me retiro
Não que a alma esteja pronta
Nem que o gosto do dia tenha sido digerido.
Absolutamente.
para uma frágil reflexão
ágil gás do fogão que me distrai
Eu me retiro
para o último andar suburbano
para os débitos que acumulam na gaveta
para a preta fagulha na avenida
Eu me retiro
para o eco do banheiro
para o meio das canções incidentais
inférteis no ralo de alumínio
Eu me retiro
para o arroz com feijão
para o pão e para o escândalo
do Brasil dos telejornais
Eu me retiro
para o lar da Mário Carpenter
para o beijo de boa noite
para o calor açoite que nenhuma brisa noturna/
daria conta.
Se me retiro
Não que a alma esteja pronta
Nem que o gosto do dia tenha sido digerido.
Absolutamente.
segunda-feira, 26 de março de 2012
O Lobo e o Cordeiro
O lobo é bicho-gente
O lobo é bicho caliente
O lobo é bicho que sente
Bicho pra frente
Cordeiro é bicho doente
Cordeiro é bicho demente
Cordeiro é bicho indolente
Fora do foco, bicho sem mente
O lobo é o olho da gente
Cordeiro é o medo vidente
O lobo canino saliente
Cordeiro é coragem dormente
O lobo é o cordeiro tosado
Cordeiro é o lobo calado
O lobo é o cordeiro tesudo
Cordeiro é o pavor no escuro
O lobo é o brado insolente
O cordeiro é o silêncio inocente.
O lobo é bicho caliente
O lobo é bicho que sente
Bicho pra frente
Cordeiro é bicho doente
Cordeiro é bicho demente
Cordeiro é bicho indolente
Fora do foco, bicho sem mente
O lobo é o olho da gente
Cordeiro é o medo vidente
O lobo canino saliente
Cordeiro é coragem dormente
O lobo é o cordeiro tosado
Cordeiro é o lobo calado
O lobo é o cordeiro tesudo
Cordeiro é o pavor no escuro
O lobo é o brado insolente
O cordeiro é o silêncio inocente.
sábado, 24 de março de 2012
Amor Lexotânico
Deixa eu respirar o tempo lexotânico e inábil
Deixa eu escorrer minha língua lábil
Este açucarado de carícias molejas
Caído meu braço no dorso que estejas
Dentes mamilam peles rubras e mirongas
decifradas aos pés de pentagramas
Eletrofeitos salivas vem em ondas
Gigantescos gemidos decigramas
Se fiz corte em tua tez cigana
é por que me fiz ainda réu na grama
terrível terrosa nesta unha estranha
que finca levíssima no teu paladar
Se foste vítima da minha fome escura
Suga única na bunda grandiloquente
Se sente o pulsar penismático que dura
madrugadas encalças a virilhar na mente
Acabo-me, derreto-me, desfragmento-me
Como sono ópio vaporizado
Na esfumacência de suas entranhas
Sinto-me cru aprisionado
Então me consuma como se fosse mesmo
O gosto teso de um fato consumado
Como regalo na boca púrpura amora
Caroço mordido sorvido provado e acabado.
Prevalecendo pela manhã - lexotânico
Neônio, totalmente amalgamado
Não sei se sou eu microorgânico
Se sou cadáver, se sou amado.
Deixa eu escorrer minha língua lábil
Este açucarado de carícias molejas
Caído meu braço no dorso que estejas
Dentes mamilam peles rubras e mirongas
decifradas aos pés de pentagramas
Eletrofeitos salivas vem em ondas
Gigantescos gemidos decigramas
Se fiz corte em tua tez cigana
é por que me fiz ainda réu na grama
terrível terrosa nesta unha estranha
que finca levíssima no teu paladar
Se foste vítima da minha fome escura
Suga única na bunda grandiloquente
Se sente o pulsar penismático que dura
madrugadas encalças a virilhar na mente
Acabo-me, derreto-me, desfragmento-me
Como sono ópio vaporizado
Na esfumacência de suas entranhas
Sinto-me cru aprisionado
Então me consuma como se fosse mesmo
O gosto teso de um fato consumado
Como regalo na boca púrpura amora
Caroço mordido sorvido provado e acabado.
Prevalecendo pela manhã - lexotânico
Neônio, totalmente amalgamado
Não sei se sou eu microorgânico
Se sou cadáver, se sou amado.
domingo, 11 de março de 2012
Para arrebentar grades enferrujadas
Os meus chegados sabem que sou fã de tecnologia. Não daquela que nos separa, nos individualiza, mas aquela que promove informações, agrega valores e experiências renovadoras. Uma destas experiências é a capacidade de ser assistir o que quiser, da forma que quiser, os programas de televisão pela internet. Quando garimpo, vejo que a televisão aberta ainda não está perdida, mas, certamente a forma de ser ver esta televisão está com os dias contados.
Enquanto não temos uma banda acessível e barata para todos e um streaming sem aqueles travamentos irritantes, a melhor forma é montar uma boa lista, esperar uns minutos, e ver ou rever, os programas postados no You Tube. Muitos destes programas em canais das próprias emissoras e com qualidade HD. Daquelas pérolas que garimpo destaco duas: o humorístico Agora é Tarde, da BAND e o Samba na Gamboa da Tv Brasil. É tamanho o prazer do entretenimento assim como o abismo de distinção que há entre eles.
Danilo Gentilli, faz o humor no pastiche dos talk shows, na fórmula bem copiada por Jô Soares, e desconstruindo as espinhas dorsais que poderiam torná-lo enfadonho. Um apresentador, três "ancoras", e uma banda, uma puta banda, o Ultraje à Rigor.
Diogo Nogueira acertou no carisma, no bom humor e na elegância na forma de receber seus convidados, neste campo, craques da música popular, do samba e do pagode. O ambiente informal dá leveza à acompanhamentos precisos e quase cirúrgicos, nas percussões, nas cordas e nos sopros. No último que assisti, e postei, tivemos a delícia da voz e do suingue de Luiz Melodia.
Mesmo que às vezes pareça um retrocesso, esperar o vídeo "dar corda", no buffering, para depois tocar e, em HD, isso ainda é realidade, a tecnologia - dispor dela - é um deleite.
Eu que sou um pessimista racional ou um futurista melancólico, vejo um traço de esperança, quando a tal grade da televisão tradicional está prestes a arrebentar. Curtir a tv pela internet já é uma realidade, uma liberdade de escolha, pedra cantada por Nelson Hoineff e outros bons estudiosos de tv.
Humor e Música são apenas opções na cédula virtual. Viva a liberdade de escolha! Menos leis restritivas e mais programas e formatos ao alcance dos dedos.
Postado no Facebook, Rio,11/03.
Enquanto não temos uma banda acessível e barata para todos e um streaming sem aqueles travamentos irritantes, a melhor forma é montar uma boa lista, esperar uns minutos, e ver ou rever, os programas postados no You Tube. Muitos destes programas em canais das próprias emissoras e com qualidade HD. Daquelas pérolas que garimpo destaco duas: o humorístico Agora é Tarde, da BAND e o Samba na Gamboa da Tv Brasil. É tamanho o prazer do entretenimento assim como o abismo de distinção que há entre eles.
Danilo Gentilli, faz o humor no pastiche dos talk shows, na fórmula bem copiada por Jô Soares, e desconstruindo as espinhas dorsais que poderiam torná-lo enfadonho. Um apresentador, três "ancoras", e uma banda, uma puta banda, o Ultraje à Rigor.
Diogo Nogueira acertou no carisma, no bom humor e na elegância na forma de receber seus convidados, neste campo, craques da música popular, do samba e do pagode. O ambiente informal dá leveza à acompanhamentos precisos e quase cirúrgicos, nas percussões, nas cordas e nos sopros. No último que assisti, e postei, tivemos a delícia da voz e do suingue de Luiz Melodia.
Mesmo que às vezes pareça um retrocesso, esperar o vídeo "dar corda", no buffering, para depois tocar e, em HD, isso ainda é realidade, a tecnologia - dispor dela - é um deleite.
Eu que sou um pessimista racional ou um futurista melancólico, vejo um traço de esperança, quando a tal grade da televisão tradicional está prestes a arrebentar. Curtir a tv pela internet já é uma realidade, uma liberdade de escolha, pedra cantada por Nelson Hoineff e outros bons estudiosos de tv.
Humor e Música são apenas opções na cédula virtual. Viva a liberdade de escolha! Menos leis restritivas e mais programas e formatos ao alcance dos dedos.
Postado no Facebook, Rio,11/03.
sábado, 10 de março de 2012
Um ontem em forma de Homem
Queimam folhas secas e sós
Queimam em nós
Infâncias, decalques, feridas
Queimam lembranças de rua
Cola de arroz
Cola de suor
Papel fino
Finura no vento
Raspei o tampão do dedo
Se tenho dedo ainda
É por que há gols
Muitos a serem feitos
Se escondem em mim <moleque!>
Atrás de velhos carros
Atrás de postes cinzas
Se escondem em mim <moleque!>
Há o tempo e é breve
É injusto
É puro
É amargo
É doce
É amargo-doce
Raspei o tampão do dedo
Se tenho dedo ainda
É por que há gols
Muitos a serem feitos
Se escondem em mim <moleque!>
Atrás de velhos carros
Atrás de postes cinzas
Se escondem em mim <moleque!>
Há o tempo e é breve
É injusto
É puro
É amargo
É doce
É amargo-doce
Em mim reminiscências e distâncias
Escurecem em outras instâncias
E a delicadeza de ser assim
Um ontem em forma de homem.
Escurecem em outras instâncias
E a delicadeza de ser assim
Um ontem em forma de homem.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Entrevista - Helena Martinho da Rocha
Leiam em "Ensaios e Críticas de Cinema" a instigante e provocadora entrevista exclusiva com a cineasta e produtora Helena Martinho da Rocha (Clique Aqui). Dentre outras obras destacam-se "O Bispo do Rosário" de 1993 e "Benguelê" de 2007. Abaixo, uma degustação de "Benguelê", já exibido na europa e "Menção Honrosa" no Afro-Film Festival da Bahia em 2010.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Bluetooth
Fones de ouvido bluetooth comprei
Sei que tenho liberdade para ouvir
Som mas próximo do cérebro terei.(?)(!)(*)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Primeiro único e incompetente haikai
Quando vibro em saudade
Vidro fino na boca em pó
Alcanço só - turva -sua imagem
Vidro fino na boca em pó
Alcanço só - turva -sua imagem
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
A Poesia Pra Que Serve?
A poesia de nada serve
A poesia pra nada presta
O verso pra que se ferve?
A letra vapor que resta!
Quero comer com tempero
O medo que dá na espinha
Quero fazer sentir no pelo
O sal que me dá na língua
O pulsar que sinto no peito
Faz-se taquicardia!
Saudade é por respeito
Na lembrança que é só sentida
Quando vejo um monge
Quando vejo um prédio
Quando vejo um ônibus
Quando vejo um beijo
Vejo quando estou velho
Vejo quando estou sério
Vejo quando estou de carro
Vejo quando estou hilário
Rua quando vejo escura
Tua quando verte a boca
Lua quando vez em quando
Suja quando dribla o chão
A poesia pra que serve
A poesia pra nada presta
O verso pra que se ferve?
A letra vapor que resta!
Escreve quando tenta o cérebro
Treme quando tensa a mão!
A poesia pra nada presta
O verso pra que se ferve?
A letra vapor que resta!
Quero comer com tempero
O medo que dá na espinha
Quero fazer sentir no pelo
O sal que me dá na língua
O pulsar que sinto no peito
Faz-se taquicardia!
Saudade é por respeito
Na lembrança que é só sentida
Quando vejo um monge
Quando vejo um prédio
Quando vejo um ônibus
Quando vejo um beijo
Vejo quando estou velho
Vejo quando estou sério
Vejo quando estou de carro
Vejo quando estou hilário
Rua quando vejo escura
Tua quando verte a boca
Lua quando vez em quando
Suja quando dribla o chão
A poesia pra que serve
A poesia pra nada presta
O verso pra que se ferve?
A letra vapor que resta!
Escreve quando tenta o cérebro
Treme quando tensa a mão!
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
I DON´T WANT POETRY...
I WANT ROCK ´N ROLL, BABY!
Psycho Therapy
Ramones
Subterranean Jungle
1983
Sire Records
domingo, 8 de janeiro de 2012
Baseado em fatos reais
Eram os primeiros dias de janeiro
E eu queria ser o primeiro a dar aos meus filhos
um domingo de sol
No rol de nossas tralhas familiares
um nokia n8, um patinete e um squezze
não como se escreve "esquize"
É esquisito escrever algo que não se sabe
porém é mais estranho a sensação de não escrevê-la
É esquisito fazer rir os filhos com nossos erros
porém é mais estranho guardá-los e escondê-los
Pois bem, neste dia de ar livre
longe da tv à cabo e da internet
Fui brincar com os moleques: um squezze, um N8/
e um patinete
Pedi licença ao ridículo e quis ser igual a eles
rir deles e com eles
Assim como um Kick Buttowiski gigante
Lancei mão do patinete na ladeira atrás do prédio
Assim...com a naturalidade de quem quer cortar o tédio
Arriscava-se num equilíbrio sem noção
Eu que vou de carro à esquina comprar pão
Depois do terceiro ou quarto impulso
Como no repente da vida...me estabaquei no chão
Correu filho, correu filha: "Papai tudo bem?"
Sangrou braço, entrou areia no arranhão
"Filha me dá o squezze" - numa ordem sopetão
Ri de mim a molhar a ferida
Deixei-os rir do meu escorregão
"Filho filma o papai". E lá fui eu de novo
com o patinete na mão
Fiz careta pro N8, sem medo de cair no chão
Minha filha gritou "Rock n' roll!"
E eu fiz um chifrinho com os dedos
Assim como o avesso do gol
Franguei em frente aos pequenos
E tudo ficou mais bonito
Sem choro e sem barulho
Um domingo colorido
Virou um domingo cheio de orgulho
Moral da estória repentina
Cair e levantar é coisa do dia a dia
O sangue escorreu, ardeu a ferida
Mas levantei e saí por cima
Um dia eles também cairão
E o sangue pode também escorrer
Isso não ensina a televisão
E no youtube é piada pra se ver
Por isso um dia de sol pode dar um lição a mais
que eles vivam a vida sem hipocrisias sentimentais
sem egoísmos fúteis e banais
sem a frieza de múmias digitais
mas uma vida baseada, sempre, em fatos reais
E eu queria ser o primeiro a dar aos meus filhos
um domingo de sol
No rol de nossas tralhas familiares
um nokia n8, um patinete e um squezze
não como se escreve "esquize"
É esquisito escrever algo que não se sabe
porém é mais estranho a sensação de não escrevê-la
É esquisito fazer rir os filhos com nossos erros
porém é mais estranho guardá-los e escondê-los
Pois bem, neste dia de ar livre
longe da tv à cabo e da internet
Fui brincar com os moleques: um squezze, um N8/
e um patinete
Pedi licença ao ridículo e quis ser igual a eles
rir deles e com eles
Assim como um Kick Buttowiski gigante
Lancei mão do patinete na ladeira atrás do prédio
Assim...com a naturalidade de quem quer cortar o tédio
Arriscava-se num equilíbrio sem noção
Eu que vou de carro à esquina comprar pão
Depois do terceiro ou quarto impulso
Como no repente da vida...me estabaquei no chão
Correu filho, correu filha: "Papai tudo bem?"
Sangrou braço, entrou areia no arranhão
"Filha me dá o squezze" - numa ordem sopetão
Ri de mim a molhar a ferida
Deixei-os rir do meu escorregão
"Filho filma o papai". E lá fui eu de novo
com o patinete na mão
Fiz careta pro N8, sem medo de cair no chão
Minha filha gritou "Rock n' roll!"
E eu fiz um chifrinho com os dedos
Assim como o avesso do gol
Franguei em frente aos pequenos
E tudo ficou mais bonito
Sem choro e sem barulho
Um domingo colorido
Virou um domingo cheio de orgulho
Moral da estória repentina
Cair e levantar é coisa do dia a dia
O sangue escorreu, ardeu a ferida
Mas levantei e saí por cima
Um dia eles também cairão
E o sangue pode também escorrer
Isso não ensina a televisão
E no youtube é piada pra se ver
Por isso um dia de sol pode dar um lição a mais
que eles vivam a vida sem hipocrisias sentimentais
sem egoísmos fúteis e banais
sem a frieza de múmias digitais
mas uma vida baseada, sempre, em fatos reais
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