sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Fone de ouvido enrolado no dedo

Eu me sinto só
Mas único, na falta de mim.
No escuro do quarto escuro
no feixe de luz no taco do chão
Eu me sinto só
Na mudez da velha mobília
Na anomalia de existir
Somente para mim, neste momento.
Copo d´água
Roupa no chão
Unha roída
Fone de ouvido enrolado no dedo...
Alguém gritou a vizinha da janela
Não era eu, não era ninguém
Sozinho só me dá a agonia
De que em algum momento

Me venha companhia.