terça-feira, 12 de março de 2013

Bate à porta

De manhã
a morte bate à porta
bate à porta
toca a campainha
a morte

Vem de carta
vem de courrier
chega às vezes pelo rádio
pela tv
a morte

a náusea escurece
cresce taquicardia
anestesia
maresia de chumbo

sem lágrimas: uma lembrança torta
Vez em quando bate à porta
a morte

Aquele conhecido do Seu Zé
A irmã da dona Maria
Minha prima de Osasco
Tão jovem

Dor fria esta...fria...fria
Uma fresta venta na janela
fria/ no flamular da cortina arredia
o silvo noturno anuncia
logo vem a manhazinha...

toc-toc-toc
toc-toc-toc
pééééééééééééééééé
pééééééééééééééééé

Como é bom rever (ouvir) velhos amigos


Leaving
Pet Shop Boys
Elysium
Parlophone
2012