quarta-feira, 16 de maio de 2018

DISCRETINHO ALVOROÇO

Imagem relacionada
fonte.https://www.spicetag.com/products/pin-up-selfie-girl-sweater

Quantas vezes eu lembrei que cansei de voce
E que tinha sempre um gosto amargo
Quantas vezes abortei a ideia de te ter
E vinha o peso no meu corpo como um fardo

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh
Tudo era tranquilo e perigoso
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh
Que corte feio e foi até o osso

Quantas vezes escutei 'Mania de Voce'
O breu do quarto doloroso
Se cantava uma canção - assim - só pra conter
Sintetizadores como um louco

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh
Arto Lindsay na guitarra de Veloso
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh
Se versar não sei/ discretinho alvoroço


- teclado sem circunflexo

quarta-feira, 9 de maio de 2018

artista!

"O artista tem que ser gênio 
para alguns e imbecil para outros. 
Se puder ser imbecil para todos, 
melhor 
ainda". (Nelson Rodrigues)

A VOZ DO MORTO (CAETANO VELOSO)

ARACABOWIE, por Higo Joseph para o livro 'Aracy de Almeida - não tem tradução Ed. Veneta, 2014


Estamos aqui no tablado
feito de ouro e prata
e filó de nylon

Eles querem salvar as glórias nacionais
As glórias nacionais, coitados

Ninguém me salva
ninguém me engana
Eu sou alegre
Eu sou contente
Eu sou cigana
Eu sou terrível
Eu sou o samba

A voz do morto
Os pés do torto
O cais do porto
A vez do louco
A paz do mundo
Na Glória!

Eu canto com o mundo que roda
Eu e o Paulinho da Viola
Viva o Paulinho da Viola!
Eu canto com o mundo que roda
Mesmo do lado de fora
Mesmo que eu cante agora

Ninguém me atende
Ninguém me chama
Mas ninguém me prende
Ninguém me engana

Eu sou valente
Eu sou o samba
A voz do morto
Atrás do muro
A vez de tudo
A paz do mundo
Na Glória!


Caetano Veloso, 1968

terça-feira, 8 de maio de 2018

Resultado de imagem para EXPLOSAO .PNG

Meu Top 5 - sem ordem - de Sci Fi de todos os tempos




BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES
RIDLEY SCOTT, 1982

👥

CORAGEM

Imagem relacionada

No primeiro gole de vinho
ainda sozinho neste apartamento
Por um momento enxergo a luz e a luz /
                                             é um avião

E a esperança que mora em mim
é um querubim de asas curtas
que evolui em falsas curvas /
                         e invariável vai ao chão

Eu cidadão brasileiro
dizem que sou guerreiro
inzoneiro sem nada a perder
Então cade a malandragem?
a coragem só de passagem
sem você no meu viver

Último gole de vinho
e eu ainda sozinho
especulando onde você está?
Se chora ou se sorri
se goza ou se sozinha
Eu estou aqui. Talvez ela virá? 

domingo, 6 de maio de 2018

File:640x400 10133 DONTNOD Adrift concept art 03 2d sci fi street adrift paris future city futuristic picture image digital art.jpg

640x400_10133_DONTNOD_Adrift_concept_art_03_2d_sci_fi_street_adrift_paris_future_city_futuristic_picture_image_digital_art.jpg (download)‎ (640 × 400 pixels, file size: 112 KB, MIME type: image/jpeg)
Êxtase ambivalente.  Robert Maple Soap exibição de fotografia "MEMENTO MORI", realizada na Chanel · Nexus · Hall de 14 de março
http://www.sothebys.com/it/auctions/ecatalogue/2011/photographs-pf1120/lot.115.html

Robert Mapplethorpe (1946 - 1989)

ORCHID, 1988
SILVER PRINT, PRINTED 1988. WITH THE PHOTOGRAPHER'S COPYRIGHT STAMP SIGNED BY THE PHOTOGRAPHER, NUMBERED 3/10 . MOUNTED AND FRAMED.

LADYTRON


tHE aNiMAls (vince clark, remix)
ladytron, 2018

NOVABOLIÇÃO

Resultado de imagem para camelia

Sambar é discursar com os pés 
versos de liberdade
E solfejar no chão, angolas e guinés
Nossa ancestralidade

Da janela não vejo o jongo
nem o anjinho das procissões
Apenas a violência crua
e hipócrita das religiões

E a menina samba cega
e o povo bate na palma da mão
E eu não sei mas o que presta
Carnaval ou revolução

Qual verso samba ela?
Na cartilha das milícias
entre as balas das polícias/
Nas quadras acabou a poesia
Só partidos conspirando, altas grossas
fantasias

(se seu corpo ainda está vivo
equilibra-se entre a autonomia
e o estupro coletivo)

Se essa rua fosse minha
se essa rua fosse o povo
Eu de novo cantaria 
a esperança do renovo

Se essa rua fosse minha
Ah! Essa rua, esse povo
Mãos na tecnologia
mente ainda no monjolo

Meu povo nada além do bem
nada além do mal
E vai morrer na praia
como um povo cordial

Sambar é discursar com os pés
versos de liberdade
E solfejar no chão, angolas e guinés
Nossa ancestralidade