sábado, 12 de maio de 2012

A CULPA É DO MILAGRE

Não tropeço mais na rua
Nem meço minha vida na tua
Nem tomo mais medidas
Premeditadas e a absolutas

Contrasépticas aspirinas
Alegorias milimétricas
Elétricas línguas serpentinas
Acidez na água férvica

Se a madrugada me leva ao teu perfil
Nas frias redes sociais
É o milagre da distancia sutil
Entre as esquinas intercontinentais

Cabeça explode fogos de artifício
Se o vício me desse um pouco mais
Teclar horas sem nenhum sacrifício
Em fibras óticas existenciais

Antes que a água vire sangue
E vinho se torne vinagre
Vem diálogos curtos...curtinhos
E a culpa é do milagre.
Juntinhos somos culpa do milagre.

Um comentário:

  1. Nos remete aos prós e contras da tecnologia. Ou dos milagres.

    Gostei das "Contrasépticas aspirinas,Alegorias milimétricas".

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