"TEMPESTADES QUE NÃO PARAM. PARA-RAIOS QUEM NÃO TEM? MESMO QUE NÃO VENHA O TREM NÃO POSSO PARAR".
domingo, 3 de abril de 2011
Velocidade/ Eletricidade/ Felicidade
VELOCIDADE
Quando corro até sentir falta de algum sinal vermelho
É porque estas coisas de pensar, sentir e refletir
Se tornam tão fugazes que pisco e já obsolescência
ELETRICIDADE
Qual será sua aparência vista pelo meu enfoque/
pelo meu movimento?
Acontecimentos todos eles por atrito ou indução/
te acompanho?
Sangue, coração - tua usina me alimenta - kilowatts
na língua?
Sem certezas é tão mais excitante - olho o chão
e só vejo estrelas.
FELICIDADE
Ter o outro para se amar, fazer crônicas, beijar a boca
[sentir a pele
Ter o outro para cuspir, fazer críticas, atazanar o juízo
[apaixonar-se
Ter o outro para sorver, expelir, verdadeiramente
Nossos escândalos, nossos frêmitos, nossos ângulos
Confundir-se em sonhos oxigênios, sonhos carbônicos
Na alquimia do outro
No paradoxo do espelho
No além do próprio pêlo
No além do próprio corpo.
Contexto: Trilogia publicada por mim no site Nave da Palavra em 04/09/2002. Aqui, com modificações em "Felicidade".
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