Hoje pela manhã, o sol estilhaçou minha janela
Quanto mar, quanta imensidão, quanta luz
Ontem à noite, entre as últimas galerias
Neons absolutos, personagens surrealistas
Não me encontrava, não me criava
Animal, assim, sem rédia nem visão
Uma prostituta lambeu minha cara
Arrepio de nojo e tesão
Cuspi em alemão, logo em seguida
Joguei algum dinheiro em suas mãos
Alcoólatra de esperanças perdidas
Tóxico de sangue e pó
Esbarrei em postes bêbados
Caí em bueiros suicidas
Hoje pela manhã, o sol estilhaçou minha janela
Quanto mar, quanta imensidão, quanta luz.
Livrai-me do caos Copacabana!
Livrai-me da sina pequeno-burguesa
Livrai-me de todo mal. Amém!
(13 de julho de 2008 19:34)
senti uma poeirinha na ponta do nariz lendo esse poema e a data me confirmou isso!!! viva o ser urbano caótico!!!
ResponderExcluirIsso é o bacana do blog. Rever, registrar, publicar e dividir. Valeu mano velho!
ResponderExcluirMe lembrou a supracitada frase das crônicas de Nelson Rodrigues... "(...) em um apartamento em Copacabana ..."
ResponderExcluirFrase que deve ser lida com voz de José Wilker.
rs