terça-feira, 29 de março de 2011

REATOR 1,2,3



Explodiu! Onde? Não sei.
A água contaminda
A nuvem radiotiva
um momento lacrimogênio
uma falta de oxigênio
a razão nos tornou gênios
da destruição

Assisti a guerras
Aplaudi mortes
Superei fases

Tremeu a terra
Enfrequeceu os fortes
Rimou-se frases

Mas não rimou magma com homem
Nem Tsunami com cidades
Origamis de concreto

É bem certo que alguma engenharia
de bem perto faria
Se não fosse arrogante
Um poema aproximante dos ritmos da Terra
Mas, eu, homem, prefiro chorar
Do que escutar
Os ecos milenares do magma
e do fundo do mar

A herança sábia está
onde sábios surdos-mudos não querem enxergar
Aleijados, pútridos, podres
Inteligentes, geniais, senhores
Explodiu. Onde? Já sei!
Tornou-se a água radiotiva...

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